
A organização de defesa dos cristãos perseguidos, Portas Abertas, lançou no domingo uma campanha de oração de uma semana pela África Subsaariana, onde “nossos irmãos e irmãs estão sob uma pressão sem precedentes”.
“África: unida contra a violência”. Este é o nome da campanha de oração pela África Subsaariana lançada pela organização Portes Ouvertes. De 12 a 19 de novembro, ela convida os cristãos a se unirem em oração diante da gravidade da situação.
"Em toda a África Subsaariana, os nossos irmãos e irmãs estão sob uma pressão sem precedentes. Os extremistas atacam os cristãos e querem destruir a Igreja. O assassinato, a tortura e o sequestro tornaram-se uma ameaça diária", afirma a organização no seu site, que sublinha que "enfrentamos com a gravidade da situação, não podemos ficar inativos”.
“Juntos, nossas orações são poderosas e eficazes!”
A campanha começou no domingo, 12 de novembro, com uma exortação a orar pela Igreja. No segundo dia, segunda-feira, 13 de novembro, o tema foi líderes e autoridades da igreja. Terça-feira, 14 de novembro, Portas Abertas incentivou a oração pelos jovens e quarta-feira, 15 de novembro, pelos enlutados.
Esta quinta-feira, quinto dia de campanha, a organização apela à oração pelos milhões de pessoas deslocadas.
“Em toda a África, mais de 12 milhões de pessoas fugiram das suas casas. Como resultado, a própria presença da Igreja em algumas áreas está ameaçada. Algumas igrejas estão abandonadas, outras são sobrecarregadas pelas necessidades dos deslocados que acolhem”.
PO relata o testemunho de Fati (pseudónimo), uma jovem mãe forçada a abandonar a sua aldeia no Burkina Faso após cinco ataques.
“Os extremistas regressaram várias vezes, incendiando casas, matando pessoas, disparando balas e até incendiando gado.”
Fati e sua família ficaram sem recursos e tiveram que deixar todos os seus pertences para trás. “Ficamos de mãos vazias e traumatizados”, relata a jovem de cerca de vinte anos. “Sem comida, sem casa, sem dinheiro”, continua ela. Se hoje Fati e sua família recebem ajuda graças ao Portas Abertas, ela pede orações. “Obrigada por orar”, “Você nos ajuda a carregar nosso fardo”, diz ela.
Camille Westphal Perrier