No Sudão, o Banco Mundial libera 100 milhões de dólares para combater a fome

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O Banco Mundial anunciou na quinta-feira que liberará 100 milhões de dólares para "transferências em dinheiro e alimentos" diante do agravamento da crise alimentar no Sudão, onde a ajuda internacional continua suspensa em retaliação ao golpe de outubro.

Estes fundos são atribuídos "apenas através do Programa Alimentar Mundial" (PAM), insiste a organização financeira, para uma "rede de segurança de emergência" devido a "uma época agrícola fraca no Sudão e ao aumento global dos preços dos géneros alimentícios, particularmente devido à crise russa invasão da Ucrânia.

Os 100 milhões liberados excepcionalmente pelo Banco Mundial devem ser usados ​​para “dois milhões de sudaneses em insegurança alimentar” em “onze estados do país”, um dos mais pobres do mundo, especifica o comunicado de imprensa.

Já, segundo a ONU, um em cada três sudaneses precisa de ajuda humanitária em um país onde a inflação se aproxima de 200% a cada mês, a moeda está em queda livre e o preço do pão aumentou dez vezes desde o golpe militar de 25 de outubro.

Além disso, a ONU estima que até setembro 18 milhões de pessoas, ou quase metade da população, poderão passar fome, enquanto em junho já a ONG Save the Children anunciou a morte ligada à fome de duas crianças no norte de Darfur.

Ao mesmo tempo, as Nações Unidas estão soando o alarme porque, disse seu escritório para assuntos humanitários na terça-feira, “apenas 20% dos fundos para ajuda humanitária de emergência em 2022 foram desembolsados ​​enquanto mais da metade do ano se passou”.

A ajuda internacional representou antes do putsch dois bilhões de dólares e 40% do orçamento do Estado.

O Conselho Editorial (com AFP)

Crédito de imagem: Shutterstock / Sebastian Castelier

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