
A organização cristã Ajuda à Igreja que Sofre conseguiu entrar em contato com um parceiro em Cartum. Ele descreve a situação lá.
No Sudão, ocorreram confrontos há dez dias entre o exército regular e os paramilitares. terça-feira, em reunião Conselho de Segurança das Nações Unidas, o chefe da ONU lamentou a morte de pelo menos 450 pessoas, acrescentando que mais de 4 pessoas ficaram feridas e que dezenas de milhares de outras fugiram de suas casas.
A organização transmite informações das autoridades de Cartum, que pintam "um quadro devastador". Os sudaneses estão presos em suas casas com reservas cada vez menores. O sistema de saúde está em colapso. A OMS relata o uso de vários hospitais por grupos armados.
A Organização Cristã Ajuda à Igreja que Sofre conseguiu entrar em contato com um sócio in loco, em Cartum. Kinga von Schierstaedt, chefe de projetos no Sudão, diz.
"Durante a ligação, pude ouvir o tiroteio ao fundo. Ele diz que as ruas estão vazias, como em uma cidade fantasma. "Não ouvi nenhuma voz na vizinhança. Eles também não conseguiram sair de casa, ou pelo menos não não se atrevem mais a sair. Mas, como ninguém estava preparado, não compraram muita comida e, mesmo que tivessem, não os ajudaria por muito tempo, porque a rede elétrica está quebrada e por isso a geladeira só funciona quando eles ligam o gerador por um curto período de tempo, usando sua pequena reserva de diesel. Pior que o problema da alimentação, porém, é a falta de água."
O secretário-geral da ONU, António Guterres, teme que este conflito “acenda um pavio que pode explodir além-fronteiras, causando imenso sofrimento durante anos e atrasando o desenvolvimento durante décadas”.
Um cessar-fogo humanitário de 72 horas está em vigor desde 24 de abril.
MC