
A Igreja Católica estará representada na marcha contra o anti-semitismo prevista para domingo, sem contudo dar instruções aos fiéis sobre a sua participação, explicou quarta-feira o presidente da Conferência dos Bispos de França (CEF), Eric de Moulins-Beaufort.
“A Conferência dos Bispos será representada, pelo menos pelo diretor do serviço de relações com o judaísmo”, afirmou durante uma conferência de imprensa após a assembleia plenária da CEF em Lourdes.
Mas “cada cidadão é capaz de tomar as suas próprias decisões, tenho sempre bastante relutância em dar instruções políticas como se os cidadãos fossem menores”, acrescentou.
Destacando o “forte apelo a que todos resistam ao anti-semitismo ou aos comentários ou atitudes anti-muçulmanas” lançado pelos bispos de Lourdes, afirmou que “os católicos estão armados para determinar por si próprios o modo de acção que querem tomar para que a sociedade resiste a esses extremos.
“Estamos a dar um contributo muito forte para curar a nossa sociedade do antissemitismo e isso parece-me mais decisivo do que apelar à participação numa manifestação”, acrescentou.
De momento, em vez de reunir a classe política, esta “grande marcha cívica”, da qual participará a primeira-ministra Elisabeth Borne, esbarra no boicote à LFI e na participação do RN considerada incómoda à esquerda e no maioria.
Editores (com AFP)