
Para seu novo romance, Thierry Bizot nos conta sobre a vida de um padre… bem, sua morte, uma oportunidade de fazer um balanço de sua vida, seu trabalho como pastor e seu relacionamento com Deus. Uma história original, como uma carta de amor a um pastor. A todos os pastores da comunidade.
IC: A novela começa com a morte do seu personagem principal, uma forma incrível de começar uma novela!
VG: Por muito tempo, eu queria muito contar uma história onde o herói morre desde a primeira página e principalmente sem necessariamente sem perceber! A oportunidade para esse personagem questionar sua vida, sua morte, a causa de sua morte... e então comparecer ao seu próprio funeral. Trabalhei muito tempo em torno dessa ideia mas não consegui seguir em frente, parei. E então, um dia, tive a ideia: que esse personagem fosse um padre.
IC: E como um padre tornou a história mais interessante?
VG: Porque se existe profissão que conhece bem a morte é a de padre! E então aquele padre conhece muitas pessoas diferentes, de todas as esferas da vida, de todas as categorias, por isso é muito rico. Do ponto de vista pessoal, também me permitiu falar sobre Fé e Deus através desse personagem. Também queria falar dos padres porque são pessoas muito rodeadas, sobrecarregadas de trabalho, mas ao mesmo tempo muito sozinhas. O trabalho deles é o amor, e o que me interessou foi contar como um padre fazia o seu “trabalho” e os resultados que podia tirar dele.
IC: Então, qual é o balanço?
VG: Sem revelar tudo, podemos dizer que este padre entendeu o essencial: que a Fé é antes de tudo um encontro pessoal com Jesus e o amor de Deus. Finalmente, "vocês se amam", todos concordam com isso, mas será que realmente colocamos o amor no centro de nossas vidas?
IC: Um romance que convida os leitores a também refletirem sobre suas vidas?
VG: sim, porque é antes de tudo um livro sobre o amor e mais amplamente sobre a vida. É um livro para todos, crentes ou não, porque a questão do amor diz respeito a cada um de nós. Resumindo, a grande descoberta do meu personagem, que é uma grande descoberta para todos nós, é que Deus não é um conceito filosófico, mas que Deus é muito mais simples e acessível a todos, porque Deus, é amor. E o amor é Deus. Que descoberta!
Herveline Urcún