
"Esperamos sinceramente que o tribunal permita a fiança de Musarrat e também considere retirar a acusação grave contra ela, já que claramente não houve intenção de cometer qualquer forma de blasfêmia."
Mussarat Bibi e Muhammad Sarmad trabalham em uma escola secundária para meninas na província de Punjab, no Paquistão. Ela é cristã, ele é muçulmano, e os dois acabaram de ser acusados de blasfêmia.
“Os dois trabalhadores foram obrigados a limpar a loja que estava cheia de papel e outros itens descartados”, explica Javed Sahotra, seu advogado, “foi alegado que eles recolheram o papel usado e outro lixo em um canto da escola e atearam fogo. Alguns alunos notaram mais tarde que os itens queimados também continham páginas sagradas."
Os funcionários da escola e a diretora afirmam que não se trata de um ato intencional, pois nenhum dos dois sabe ler.
Em 19 de abril, Kashif Nadeem informou à polícia o que acreditava ser uma blasfêmia, apenas incriminando Musarrat Bibi. Depois “o queixoso também reuniu uma multidão à porta da escola e começou a protestar contra o incidente”, explica o advogado.
"É lamentável que, apesar do fato de os dois trabalhadores serem analfabetos e não terem cometido o ato intencionalmente, a polícia os prendeu e os acusou de blasfêmia", disse o advogado do cristão, Lazar, Allah Rakha.
"Esperamos sinceramente que o tribunal permita a fiança de Musarrat e também considere retirar a acusação grave contra ela, já que claramente não houve intenção de cometer qualquer forma de blasfêmia."
MC
Fonte: Notícias da Estrela da Manhã