Enquete: Qual é a relação que os franceses têm com a Bíblia?

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Uma pesquisa do Ifop para a Alliance Biblique Française realizada em parceria com La Croix L'Hebdo, intitulada "Os franceses e a Bíblia", revela que esta obra multimilenar, que é uma das bases da fé dos cristãos, continua sendo um terra inexplorada para grande parte dos franceses. 

O Aliança Bíblica Francesa encomendou um novo estudo ao Ifop (Instituto de Opinião e Estudos de Marketing) sobre a relação que os franceses têm com a Bíblia. Uma pesquisa publicada em A Cruz A Semana que atesta o declínio da leitura e do conhecimento das Escrituras.

Uma “terra incógnita”, um “continente inexplorado”. É o que a Bíblia parece ser para grande parte dos franceses, como escreve Élodie Maurot, jornalista do La Croix.

"Está longe do universo dos franceses, o que é bastante impressionante, já que historicamente somos um país cristão", confidencia-nos. 

A pesquisa do Ifop revela que apenas um quarto dos franceses (27%) tem uma Bíblia, em comparação com 42% em 2001. A leitura da Bíblia também diminuiu, pois abrange apenas 19% da população francesa, dos quais apenas 4% o fazem em pelo menos uma vez por mês, enquanto 81% dos entrevistados dizem que “nunca” lêem.

Resultados que confirmam, segundo o sociólogo Yann Raison du Cleuziou, "que a Bíblia permanece de uso relativamente elitista". Ele descreve uma prática “rara e em declínio”.

A Bíblia entre católicos e protestantes

Não surpreendentemente, os protestantes (79%) são muito propensos a ter uma ou mais Bíblias em casa. Como destaca Élodie Maurot, “dizer que não se tem Bíblia em casa quando se é protestante não é fácil! ".

Quanto aos católicos praticantes, embora um grande número deles (73%) afirme ter uma Bíblia, há, no entanto, um declínio de -5 pontos em doze anos. A história dos católicos com a Bíblia (que eles também chamam mais prontamente de Sagradas Escrituras) é, no entanto, bastante recente, lembra o jornalista, explicando que “a idade de ouro dos franceses com a Bíblia é nos anos 1960, 1970”.

Ela cita o historiador Guillaume Cuchet que indica que “o conflito entre católicos e protestantes pesou muito neste caso. No mundo católico, até meados do século XX, havia desconfiança na divulgação deste texto”.

No entanto, Élodie Maurot acredita que esses números refletem uma verdadeira “familiaridade” com o Livro “que se instalou e permanece” nos lares católicos. Ela retém desta pesquisa que hoje entre os cristãos, "pninguém ignora a Bíblia”. 

Trabalhe e... espere!

Se a Aliança Bíblica Francesa acredita que tem trabalho para conscientizar o restante dos franceses deste texto fundamental para os crentes e fazê-los querer analisá-lo, outros resultados desta pesquisa nos convidam a ter esperança.

Indicam em particular que ainda hoje e apesar do declínio observado, a Bíblia é reconhecida como um clássico da cultura mundial e que algumas das histórias que contém, como o nascimento de Jesus (81%) ou a arca de Noé (81% ) ainda são bem conhecidos do público em geral.

Além disso, apenas 5% dos franceses acreditam que este texto não tem interesse. E, 50% deles, quando questionados sobre qual é, segundo eles e em nível pessoal, "o principal interesse que se pode derivar da leitura da Bíblia", respondem que vêem nela um interesse, religioso ou espiritual, antes de um interesse cultural ou literário (24%).

Finalmente, um em cada quatro franceses diz que gostaria de conhecê-lo melhor. Se aqueles que manifestaram esse desejo estão principalmente entre os católicos já praticantes (67%) ou, em menor medida, entre os protestantes (49%), os restantes franceses continuam, portanto, a ser um público a conquistar!

Camille Westphal Perrier 

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