
O presidente português Marcelo Rebelo de Sousa pediu desculpas quinta-feira às vítimas de pedofilia no seio da Igreja Católica, por ter afirmado terça-feira que o seu número não lhe parecia "particularmente importante".
"Nunca foi minha intenção ofender as vítimas, mas se alguém se sentiu ofendido, peço desculpas porque esse não era meu objetivo", disse o chefe da polícia a repórteres. .
Na terça-feira, uma comissão independente responsável pela investigação de pedocrime na Igreja forneceu uma avaliação provisória dos testemunhos coletados e validados por 424 vítimas.
A primeira reacção do presidente provocou um clamor, levando o Sr. Rebelo de Sousa a explicar que não estava a tentar desvalorizar o número de testemunhos, mas sim exprimir "o receio de que muitas vítimas, por medo, não testemunhassem".
De acordo com a comissão independente, que deve apresentar seu relatório final no final de janeiro, as testemunhas ouvidas muitas vezes indicaram a existência de outras vítimas não declaradas. Ela estima que, ao final, o número total de vítimas será “muito maior” do que os cerca de 400 depoimentos coletados.
O presidente da comissão, Pedro Strecht, acrescentou que o número total de atacantes seria da ordem de várias "centenas".
O Conselho Editorial (com AFP)