
Um bispo católico crítico do regime eritreu detido desde 15 de outubro foi libertado, disse à AFP nesta sexta-feira um funcionário de uma ONG católica em Roma.
O bispo da diocese de Segeneity (sul), "Bispo Fikremariam Hagos, foi libertado", declarou por telefone Massimiliano Tubani, chefe da ONG Aiuto alla Chiesa che Soffre ("Ajuda à Igreja que sofre"), fundação pontifícia especializada em apoiar os cristãos perseguidos por causa de sua fé.
Foi a agência de informação religiosa Fides quem anunciou a prisão no aeroporto de Asmara quando o bispo voltava de uma viagem à Europa. Ele estava detido em uma prisão na capital da Eritreia.
Dois outros religiosos foram presos ao mesmo tempo que o bispo, o padre Mehretab Estefanos e o irmão abade Abraham. Mehretab Estefanos também foi solto, novamente de acordo com a ONG Aiuto alla Chiesa che Soffre. Nenhuma notícia, porém, sobre o destino do abade Abraham.
Segundo a agência religiosa Catholic News Agency, os três religiosos foram acusados de enfatizar nas suas homilias as violações dos direitos humanos cometidas pelas autoridades eritreias, neste país considerado ultra-repressivo e um dos mais fechados ao mundo.
O presidente Issaias Afeworki governa a Eritreia com mão de ferro desde a independência do país em 24 de maio de 1993, há mais de 29 anos.
O Conselho Editorial (com AFP)