
Igrejas em Jerusalém na segunda-feira expressaram "séria preocupação" com a intenção declarada do Reino Unido de transferir sua embaixada para Israel de Tel Aviv para a disputada Cidade Santa, como os EUA fizeram.
A primeira-ministra britânica Liz Truss disse a seu colega israelense Yair Lapid no mês passado que pretendia "revisar a localização atual da embaixada britânica em Israel", uma declaração saudada por Israel e castigada pelos palestinos.
Tal decisão seguiria os passos da controversa transferência da embaixada americana para Jerusalém em 2018, decretada pelo ex-presidente americano Donald Trump, medida aliás mantida por seu sucessor Joe Biden.
Na segunda-feira, os líderes da Igreja em Jerusalém expressaram “séria preocupação” de que a Grã-Bretanha estivesse seguindo os Estados Unidos, de acordo com um comunicado conjunto.
Considerando "inaceitável" a anexação por parte de Israel de Jerusalém Oriental, uma área que os palestinos aspiram a tornar a capital de seu futuro Estado, as Igrejas pediram ao Reino Unido que "redobre seus esforços diplomáticos" para acabar com o conflito israelense -palestino, mais do que transferir sua embaixada.
Para a ONU, o status de Jerusalém deve ser objeto de um acordo entre israelenses e palestinos e, enquanto isso, os países não devem estabelecer ali sua representação diplomática com Israel.
"O status quo religioso em Jerusalém é essencial para preservar a harmonia na Cidade Santa e as boas relações entre as comunidades religiosas em todo o mundo", alegaram as igrejas.
A Cidade Velha de Jerusalém, localizada em sua parte oriental, abriga locais sagrados do cristianismo, judaísmo e islamismo.
O Conselho Editorial (com AFP)