
Após uma série de ataques a vários lugares cristãos, a comunidade cristã em Jerusalém diz que se sente cada vez mais assediada.
De acordo com a agência Reuters, por várias semanas, membros da comunidade cristã na Cidade Velha de Jerusalém relataram ter sido vítimas de "crescente assédio e intimidação por violentos ultranacionalistas judeus".
No início de janeiro de 2023, pichações afirmando "Morte aos armênios" e "Morte aos cristãos" foram rabiscadas em hebraico nas paredes do Convento Armênio de São Tiago.
Durante o mesmo período, dezenas de sepulturas em um cemitério protestante em Jerusalém foram vandalizadas. Dois adolescentes do centro de Israel são presos.
No dia 2 de fevereiro, a Capela da Condenação em Jerusalém foi alvo deum ato de vandalismo. Um homem armado com um martelo atingiu a estátua de Cristo várias vezes antes de ser preso pela polícia.
Desde o retorno ao poder do governador de extrema-direita Benjamin Netanyahu no final de dezembro de 2022, as igrejas em Jerusalém de fato relataram um aumento nos ataques contra elas. A Reuters relata que isso levou ao aumento das patrulhas policiais em torno de locais cristãos na cidade.
No entanto, de acordo com o padre Aghan Qoqashian, chanceler do Patriarcado Armênio de Jerusalém, o governo israelense não tomou nenhuma ação concreta contra esses ataques.
“Quando não há uma reação rígida do governo, isso não apenas encoraja essas pessoas a se comportarem da mesma maneira, mas também nos dá a sensação de que o governo quer fazer isso com as minorias cristãs”, afirmou.
Já em dezembro de 2021, líderes das Igrejas de Jerusalém relataram que os cristãos estavam "tornou-se alvo de repetidos ataques de grupos radicais e marginais" na Terra Santa, denunciando a inação das autoridades israelenses.
Salma El Monser