
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro ofereceu na terça-feira asilo a padres católicos na Nicarágua, onde disse que eles sofreram "perseguição cruel".
Aproveitando a plataforma oferecida na abertura da Assembleia Geral da ONU, o presidente de extrema-direita pintou um retrato de um Brasil defendendo a liberdade religiosa no mundo e lançou seu programa ultraconservador por duas semanas. eleição presidencial.
“O Brasil abre suas portas para padres e irmãs que sofrem perseguição cruel do regime ditatorial na Nicarágua”, disse Bolsonaro sem dar mais detalhes.
"O Brasil está lutando contra a perseguição religiosa em qualquer lugar do mundo", acrescentou.
As relações entre a Igreja Católica e o governo de Daniel Ortega estão tensas desde as manifestações antigovernamentais de 2018, quando manifestantes se refugiaram em igrejas.
A polícia nicaraguense proibiu por razões de “segurança pública” duas populares procissões católicas que seriam realizadas no final de setembro em Masaya, 30 km a sudeste de Manágua.
E a comunidade internacional condenou veementemente a prisão em agosto de Dom Rolando Alvarez, um crítico do regime.
O próprio presidente Bolsonaro vem de uma família católica. Em Londres para assistir ao funeral de Elizabeth II, ele fez um discurso no domingo contra o aborto, as drogas e a "ideologia de gênero", que voltou a mencionar na terça-feira em seu discurso na ONU.
Além disso, Os laços do presidente do Brasil com as igrejas evangélicas se estreitaram em seu mandato de quatro anos, principalmente nos últimos meses com a aproximação das eleições presidenciais onde se opõe a Luiz Inácio Lula da Silva.
O Conselho Editorial (com AFP)