Papa Francisco reafirma 'tolerância zero' para casos de agressão sexual

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A Igreja Católica deve tratar os casos de agressão sexual com "tolerância zero", reafirmou o Papa Francisco, que os descreveu como "monstruosidade", segundo excertos de uma entrevista a um canal de televisão português.

"Está muito claro. É tolerância zero. Um padre não pode continuar sendo padre se for um agressor. Não pode porque ou está doente ou é criminoso”, disse o papa durante esta entrevista à TVI/CNN Portugal, cujos excertos foram publicados no site do canal.

“É monstruoso, porque destrói vidas”, acrescentou nesta entrevista em duas partes que será transmitida no domingo e na segunda à noite.

Assim como a França, uma comissão independente, cujo trabalho começou no início do ano, é responsável por investigar as agressões sexuais dentro da Igreja em Portugal, país de forte tradição católica.

Esta comissão, criada por iniciativa da Igreja, já recolheu cerca de 400 testemunhos, dos quais 17 foram comunicados à justiça, indicou recentemente Pedro Stretch, o psiquiatra infantil que lidera este grupo de trabalho cujas conclusões devem ser apresentadas no final do ano.

“Não nego abuso. Um único abuso já seria monstruoso”, admitiu o papa nesta entrevista à televisão portuguesa.

O papa também indicou que pretende visitar Portugal durante as próximas Jornadas Mundiais da Juventude, um encontro global de jovens católicos que acontecerá de 1 a 6 de agosto de 2023.

"Estou pensando em ir para lá. De qualquer forma, o papa irá”, disse ele.

Inicialmente prevista para agosto de 2022, a JMJ havia sido adiada por um ano devido à pandemia de Covid-19.

O Conselho Editorial (com AFP)

Crédito de imagem: Shutterstock.com / giulio napolitano

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