Papa Francisco, internado em Roma, teve "boa noite"

Papa Francisco, internado em Roma, teve "boa noite"

O Papa Francisco passou "uma boa noite", disse uma fonte do Vaticano na quinta-feira, um dia após a sua hospitalização em Roma por uma infeção respiratória, uma notícia tranquilizadora após este novo alerta para o chefe da Igreja Católica, que aos 86 anos sofre de problemas crónicos de saúde .

A noite do papa foi "tranquila" e os funcionários que o acompanham estão "muito otimistas", disse a agência italiana ANSA, citando fontes hospitalares. Notícias bastante tranquilizadoras, pois as informações contraditórias destiladas na quarta-feira pelo Vaticano levantaram preocupações sobre o real estado de saúde do papa argentino.

Depois de mencionar "exames agendados", o porta-voz do Vaticano finalmente anunciou na noite de quarta-feira que sofria de uma "infecção respiratória".

“Nos últimos dias, o Papa Francisco teve dificuldade para respirar e (...) foi internado na policlínica A. Gemelli para exames médicos”, segundo Matteo Bruni.

Estas análises “revelaram uma infeção respiratória” não relacionada com a Covid-19 e o Papa terá de se submeter a tratamento no hospital durante “alguns dias”, disse. O pontífice deve, no entanto, poder presidir a missa do Domingo de Ramos no Vaticano, "salvo imprevisto", segundo fontes hospitalares citadas pela ANSA.

A agenda do papa também inclui as celebrações da Semana Santa e da Páscoa, destaque do mundo católico, e ele é esperado em Budapeste no final de abril.

Demissão não descartada

Esta hospitalização pegou a todos de surpresa, especialmente porque na manhã de quarta-feira Jorge Bergoglio voltou a participar, como todas as semanas, da audiência geral na Praça de São Pedro, durante a qual apareceu sorrindo, cumprimentando os fiéis com seu "papamóvel". François, que está em uma cadeira de rodas desde maio de 2022 devido a dores crônicas no joelho, já havia estado internado por dez dias no Hospital Gemelli em julho de 2021 para uma grande operação de cólon.

Ele admitiu ter mantido "sequências" da anestesia, o que o levou a descartar a cirurgia no joelho até o momento. A dor provocada por esta articulação, que nomeadamente o obrigou a cancelar vários compromissos em 2022 e a adiar uma viagem a África, está no centro das conjecturas sobre a sua possível demissão.

O chefe da Igreja Católica sempre deixou a porta aberta para essa possibilidade. Seu antecessor Bento XVI renunciou em 2013, pegando o mundo de surpresa. François, por sua vez, fala quente e frio sobre esse assunto delicado.

Depois de ter mencionado em julho a possibilidade de “pôr-se de lado”, tinha julgado em fevereiro que a renúncia de um papa “não devia virar moda”, garantindo que esta hipótese “não estava na sua agenda para o momento”.

O papa é constantemente acompanhado por uma equipe de cuidadores, seja no Vaticano ou durante suas viagens ao exterior. Uma precaução ainda mais necessária porque o octogenário tem um histórico médico pesado: aos 21 anos, quase morreu de pleurisia e sofreu uma ablação parcial de um dos pulmões.

Escrevendo com AFP

Crédito da imagem: Shutterstock / Alessia Pierdomenico


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