Missouri proíbe mudanças de gênero médicas de menores de idade e participação de meninos em competições femininas
Na última quarta-feira, o Missouri aprovou duas leis proibindo atletas nascidos no sexo masculino de competir contra meninas em competições escolares e proibindo procedimentos médicos transgêneros em menores.
A participação de atletas transexuais femininas (nascidas meninos) em competições esportivas femininas escolares e universitárias é cada vez mais debatida nos Estados Unidos, pois penaliza as mulheres em um espaço que antes lhes era reservado, em especial para a obtenção de bolsas de estudo. A vitória da atleta transgênero Lia Thomas no campeonato universitário de natação convenceu vários estados que já haviam tomado medidas para prevenir essas situações.
Em 7 de junho, o governador do Missouri, Mike Parson, assinou um projeto de lei proibindo atletas nascidos do sexo masculino de participar de competições femininas. Parson justificou sua assinatura invocando a ética:
"Apoiamos a equidade real, não a injustiça disfarçada de justiça social."
O governador assinou outro projeto de lei no mesmo dia, o Missouri Save Adolescents from Experimentation Act, que proíbe os profissionais de saúde de realizar cirurgias de transição de gênero em menores e impõe uma moratória de quatro anos aos bloqueadores, puberdade e terapia hormonal.
Ele destacou a proteção dos menores:
"Apoiamos o direito de todos de buscar sua própria felicidade; no entanto, devemos proteger as crianças de decisões que alteram suas vidas das quais podem se arrepender quando adultos, uma vez que tenham amadurecido física e emocionalmente."
Crystal Quade, líder da minoria democrática na Câmara dos Representantes do estado, disse que Parson "teve a oportunidade de proteger famílias inocentes que estavam apenas tentando viver suas vidas em paz [e que] em vez disso, ele escolheu persegui-las".
Jean Sarpedon
