O caminho da vida espiritual

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A vida espiritual é freqüentemente ilustrada pela imagem de um caminho. Existem várias etapas ou fases, que voltam como as estações. Cada cristão passa por eles, em seu próprio ritmo. O perigo é criar raízes em uma dessas fases.

Despertar

Esta fase corresponde à nossa resposta ao apelo de Cristo e à consideração da realidade de Deus. Para algumas pessoas é gradual, enquanto para outras é mais radical. Temos uma forte consciência da presença de Deus. A vida ganha sentido, nos sentimos amados e protegidos. É uma fase de admiração. Temos a impressão de que a vida é fácil.

A armadilha desta fase : ver Deus como um mágico, que faz tudo enquanto permanece passivo. É uma espécie de “receita de fé”: se eu fizer isso, Deus fará. Se as circunstâncias são difíceis nesta fase, isso resulta em um sentimento de fracasso espiritual.

treinamento

Esta é a fase de aprendizado: você aprende mais sobre a Bíblia. Pessoas mais avançadas na fé tornam-se modelos, um pouco idealizadas. Precisamos de treinamento, certezas que nos garantam.

Achamos que, se ainda não entendemos tudo, alguém, em algum lugar, tem a resposta. Nós nos relacionamos com outros cristãos e sentimos que pertencemos a um grupo.

A armadilha desta fase : acho que todos os cristãos devem acreditar como si mesmo. Desenvolva um espírito de julgamento.

A acção

Esta fase é caracterizada pela ação. Depois de aprender, agora estamos prontos para dar. Percebemos os dons recebidos de Deus e nos engajamos no serviço de acordo com isso. Temos mais confiança e recebemos reconhecimento. Sentimo-nos no nosso lugar, adquirimos maturidade espiritual. Estamos experimentando um aprofundamento interior.

A armadilha desta fase : esgotar-se, ter a sensação de dar mais do que recebe. Se o que fazemos não for apreciado, a amargura se esconde. Se for apreciado, pode-se ter um sentimento de onipotência. Na ação, é difícil viver uma dependência real de Deus.

A parede

Esta fase é uma jornada dentro de si mesmo, enquanto até agora a orientação tem ido para fora. Entramos por cansaço ou por encontrarmos uma "parede" no caminho, que nos paralisa. Pode ser um problema de saúde, dor, conflito ou fracasso.

Sentimos sua fragilidade. A característica dessa fase é o questionamento de sua maneira de ver e de fazer, bem como de sua vontade de controlar. Também descobrimos lados ocultos de sua personalidade.

A armadilha desta fase : Cair em resignação ou revolta. Ambos são becos sem saída. A solução está na aceitação. Aceite enfrentar suas áreas cinzentas e entregue-as a Deus. Confie nele mais do que em sua visão das coisas.

A consolidação

Você sai da etapa anterior com uma visão mais realista de si mesmo. Acolhemos nossas fraquezas com mais facilidade e temos progredido na dependência de Deus. Nossas falhas pessoais não nos esmagam mais. Descobrimos Deus de forma diferente e entendemos melhor sua graça. Nossa confiança nele se renova, experimentamos melhor a existência de paradoxos na vida cristã.

A armadilha desta fase : Acredite que chegamos! O importante é continuar crescendo, diz a teóloga menonita Linda Oyer.

Roleta Sandrine

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Artigo publicado originalmente em julho de 2021


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