
O padre Franco Mella anunciou na quinta-feira passada que faria uma greve de fome de três dias. Ele pede a libertação de ativistas pró-democracia detidos sob a lei de segurança nacional em Hong Kong.
Na quinta-feira, 14 de julho, ocorreu um protesto do lado de fora da prisão Shek Pik, em Hong Kong, exigindo a libertação de ativistas pró-democracia detidos sob a draconiana lei de segurança nacional da China imposta em 2020.
Preocupação Cristã Internacional, informa que o padre Franco Mella, missionário de 74 anos, declarou nesta ocasião que ia iniciar uma greve de fome de três dias.
Referindo-se ao calor avassalador, o padre falou do sofrimento dos que estão atrás das grades e lhes enviou uma mensagem: "Estamos com vocês, não percam a esperança". “Continuemos lutando pela liberdade de todos”, continuou o missionário de Hong Kong, segundo AsiaNews.
Não é a primeira vez que o padre Franco Mella participa de manifestações políticas. Em 2019, ele participou de protestos pró-democracia que provocaram uma dura repressão de Pequim. Em janeiro passado, ele também denunciou a prisão de Jimmy Lai, fundador do jornal Appel Daily, assim como outras personalidades, por “violação da lei de segurança”.
A lei de segurança nacional promulgada em 30 de junho de 2020 foi imposta pelo governo chinês há dois anos. Usado como pretexto para restringir os direitos humanos, a liberdade de expressão ou a liberdade de reunião e associação, levou à prisão de cerca de 200 pessoas. Esta lei também levou ao deslocamento de milhares de pessoas, bem como muitas organizações como A Anistia Internacional, que deixou o país em outubro passado, acreditando que não poderia mais "trabalhar livremente" em Hong Kong "sem medo de represálias graves".
Camille Westphal Perrier