
"Homem de serviço, homem de fé e gênio militar": o reitor de Notre-Dame de Paris prestou homenagem ao general Georgelin no domingo, durante uma missa celebrada em memória do estrategista para a reconstrução da catedral.
O general Jean-Louis Georgelin, cuja "morte repentina nos deixa com dor", era "um homem de grande cultura, um homem de serviço, um homem de fé também, um gênio militar", declarou o bispo Olivier Ribadeau-Dumas durante a missa dominical na igreja de Saint-Germain-l'Auxerrois em Paris.
Ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas escolhido por Emmanuel Macron para orquestrar a reconstrução de Notre-Dame, o general Georgelin morreu na noite de sexta-feira aos 74 anos durante uma caminhada nos Pirenéus.
Ele "viveu sua vida para servir aos outros, à Nação, animado por uma fé profunda", retratou o atual reitor de Notre-Dame no domingo. A última das "missões que aceitou ao longo de sua vida" foi "este complexo e gigantesco canteiro de obras para a reconstrução de Notre-Dame, por amor à França e por amor à Igreja", disse ele.
E “tivemos com ele esse objetivo único de devolver a catedral aos visitantes e ao culto”, disse Dom Ribadeau-Dumas.
Após o choque da "morte brutal" do general Georgelin, que "dirigiu este projeto com autoridade e grande sentido de serviço", o secretário-geral da Conferência dos Bispos da França, Hugues de Woillemont, disse à AFP "não se preocupar" sobre a continuação da reconstrução.
“Estou confiante de que no futuro haverá um chamado de alguém para continuar esta missão, que o general Georgelin começou bem”, acrescentou, lembrando uma visita em maio ao local ao lado do general.
O general Georgelin foi escolhido após o incêndio que devastou este monumento mundialmente famoso em abril de 2019 para liderar o projeto de restauração, a ser concluído em cinco anos, de acordo com o objetivo de Emmanuel Macron.
Notre-Dame perde "o mentor do seu renascimento", reagiu o Presidente da República no sábado.
O Conselho Editorial (com AFP)