Na Hungria, as mulheres que desejam abortar devem primeiro ouvir o coração do feto

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De acordo com uma emenda publicada na segunda-feira, as mulheres grávidas que desejam fazer um aborto na Hungria agora terão que ouvir os batimentos cardíacos do feto antes de interromper a gravidez.

Na segunda-feira, 12 de setembro, a Hungria publicou uma emenda ao Diário Oficial que estipula que, antes de interromper uma gravidez, as mulheres devem apresentar um laudo emitido por um ginecologista-obstetra que comprove que elas ouviram os batimentos cardíacos do feto. O decreto, assinado pelo ministro do Interior Sandor Pinter, entrará em vigor na quinta-feira.

Segundo o site de notícias húngaro, Índice, "o fator que indica o funcionamento das funções vitais do feto, ou seja, ouvir os batimentos cardíacos antes de um aborto, há muito é assunto da vida pública húngara".

A deputada Dora Duro, do partido de extrema-direita Mi Hazank, já havia proposto a adição desta cláusula em 2016 e novamente em 2018. Facebook, ela ficou satisfeita que a lei sobre o aborto pudesse ser modificada e “não foi gravada em pedra em um país cristão digno desse nome”. "Vamos escrever história", acrescentou.

Segundo ela, essa nova emenda não representa um endurecimento da lei, mas simplesmente uma informação sobre “o real interesse” dessa decisão.

Na Hungria, só é possível recorrer ao aborto se a gravidez resultar de violência sexual ou for perigosa para a saúde da mulher grávida, quando o feto for suscetível de sofrer de uma deficiência ou deficiência grave ou enquanto a mulher grávida está em situação de crise.

A Associação Húngara para a Defesa dos Direitos da Mulher Patentear denuncia uma decisão "louca" que visa humilhar "mulheres que fazem aborto".

Camille Westphal Perrier


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