Na Califórnia, uma rede de tacos emprega um padre falso para monitorar seus funcionários
Uma rede de tacos da Califórnia usou um padre falso para vigiar seus funcionários e tentar fazê-los confessar "pecados" profissionais, como chegar atrasado, de acordo com o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
A marca Taqueria Garibaldi apresentou um homem apresentado como pastor para seus funcionários. O impostor trabalhou para extorquir confissões deles, encorajando-os a limpar a consciência sobre possíveis irregularidades em seu local de trabalho.
Esse subterfúgio, revelado por uma investigação, "é sem dúvida" uma das fraudes "mais vergonhosas" descobertas pelo Ministério do Trabalho, denunciou o governo em nota à imprensa em meados de junho. Como parte desta investigação, um funcionário testemunhou que o falso padre exortou os funcionários a "confessar seus pecados" e perguntou se eles já haviam roubado da empresa ou feito coisas que pudessem prejudicá-la.
Tudo isso enquanto a rede, que tem restaurantes em Sacramento e Roseville, não pagava hora extra para muitos funcionários.
No final da investigação, um tribunal condenou os patrões da empresa a pagar 140.000 mil dólares em salários atrasados e danos a 35 funcionários, explicou o ministério. A investigação também descobriu que os gerentes de restaurantes eram pagos por baixo da mesa com gorjetas dos funcionários e que os funcionários eram ameaçados com "consequências imigratórias" se cooperassem com o Departamento do Trabalho.
“Essa tentativa desprezível desse empregador de retaliar seus funcionários teve como objetivo silenciar os trabalhadores, obstruir a investigação e impedir a cobrança de salários não pagos”, disse o procurador regional do Ministério do Trabalho, Marc Pilotin, em San Francisco.
Um porta-voz da Diocese Católica de Sacramento disse à Agência Católica de Notícias que o homem apresentado como pastor não tinha ligação com a diocese.
“Embora não saibamos quem era a pessoa em questão, estamos convencidos de que não era um padre da Diocese de Sacramento”
Equipe editorial da AFP
