Diante dos reitores, Gabriel Attal promete firmeza na laicidade

Diante dos reitores, Gabriel Attal promete firmeza na laicidade

O ministro da Educação, Gabriel Attal, pediu quinta-feira aos reitores que a escola seja “firme” face aos ataques ao secularismo, como as roupas religiosas, apelando ao seu público para “se unir”.

"Nossa escola está sendo testada. Nos últimos meses, trajes religiosos como abayas ou qamis apareceram em alguns estabelecimentos. A firmeza da resposta da escola está sendo testada por esses novos fenômenos, diante de golpes para revidar, diante de de ataques, diante das tentativas de desestabilização. Devemos nos unir. E nos uniremos", garantiu o ministro diante dos reitores reunidos na Sorbonne, em Paris.

Gabriel Attal irá informá-los “formalmente e nos próximos dias sobre o curso das ações para o início do ano letivo nesta área”. “Vamos ter que ser firmes nesta matéria”, alertou o ministro.

Segundo uma nota dos serviços do Estado, da qual a AFP obteve cópia, os ataques ao secularismo, muito mais numerosos desde o assassinato de Samuel Paty, aumentaram 120% entre o ano letivo 2022/2023 e 2021. /2022. O uso de cartazes e trajes, que representam a maioria dos ataques, aumentou mais de 150% ao longo do último ano letivo.

A tradicional intervenção de regresso às aulas perante os reitores, uma novidade para Attal, teve lugar no dia seguinte à publicação de uma entrevista com Emmanuel Macron em Le Point, onde falou longamente sobre a escola agora apresentada como seu "domínio reservado ".

Durante o seu discurso, Attal considerou também que a França “tem necessidade de um choque de conhecimento”, que pretende recusar a partir deste início do ano lectivo através “da formação de professores, da experimentação com a abertura de faculdades de 8 das 18h às 1h em cada academia ou mesmo a reintrodução da matemática no XNUMXº ano do núcleo comum”.

A propósito do Conselho Nacional de Refundação (CNR) da Escola, pretendido por Emmanuel Macron, Gabriel Attal pediu aos reitores “que lancem luz sobre as inovações” e que encorajem os estabelecimentos que “ainda não o fizeram. Projeto CNR desde o início do ano letivo”.

O Ministro abordou ainda a questão da atratividade da profissão docente, insistindo que “o reconhecimento não se limitará à remuneração”. “Vou, portanto, lançar um grande plano para atrair e reconhecer a profissão docente para encorajar cada vez mais os nossos jovens a se tornarem professores e a permanecerem assim”, anunciou.

O Conselho Editorial (com AFP)

Crédito da imagem: Shutterstock/Pierre Galan

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